Partamos agora do princÃpio da compra de obras infantis nas escolas (esqueçamos aquelas que veem do FNDE). Quem compra esses livros? Professores, equipe diretiva ou bibliotecários. Mas o que importa? Faz alguma diferença. Faz. Infelizmente, faz muita diferença. Obviamente temos exceções (graças a Deus), mas na maioria das vezes, essa “separação” de cargos dentro do ambiente escolar no momento da compra faz uma grande diferença.
Enquanto tivermos diretores que querem apenas “gastar” a verba na compra de livros baratos, coloridos e de letras grandes, professores com a errônea ideia de que livro literário serve para uso do estudo de gramática ou de aquisição tão somente da leitura e escrita e bibliotecários sofrendo com a bandeira da arte literária, teremos alunos que não gostam de ler. Quem compra livros tem que gostar de ler!
De uma vez por todas, livros infantis não são livros didáticos! Em que o aluno deve, após uma leitura silenciosa ou em grupo, encontrar as vogais, as consoantes, os substantivos e verbos ou então, fazer exercÃcios de caça-palavras acerca da narrativa. Assim, sabendo que será sabatinado após uma leitura, quem vai gostar de ler?